Publicado em 13/02/2019

 

*Por: Mariana Gomes

A música está presente no dia-a-dia de grande parte da população, no entanto, ela é vista por muitos apenas como um meio para diversão. Os inúmeros estilos atraem pessoas de diferentes costumes. Das mais calmas as mais agitadas, elas cativam sempre uma multidão, mas sempre em um contexto descontraído.

O hábito de ouvir música interfere muito no comportamento de uma pessoa, mesmo que muitos pensem que ela só deve ser usada para alegrar.

Desde os primeiros momentos de vida os sons estão inseridos no nosso dia-a-dia, como quando a mãe canta para o seu filho ou a criança faz barulhos com a boca em uma tentativa de comunicação.

Na primeira infância, a criança passa por muitos estímulos. E é na música que diversas habilidades e aptidões são desenvolvidas, como, a concentração, memória auditiva, observação. Ela é dividida em três partes principais: melodia, ritmo e harmonia. Esses três pilares criam expressões através de diferentes tons e vozes.

A música possui um papel essencial na sociedade é uma atividade social e cultural presente narrando costumes e a história dos povos.

Nas salas de aula ela pode servir como um meio para estimular a atenção de alunos, e traduzir aspectos do cotidiano de uma criança ou adolescente tornando as aulas mais dinâmicas e atraentes.

A memória auditiva, faz com que o aluno crie mais uma possibilidade para entender e garantir conteúdos e proposições por meio de sons e ritmos, além de influenciar também na criatividade. A música ajuda a melhorar a compreensão lógica da matemática, por meio de cifras, além de desenvolver a interpretação de textos, com as particularidades de suas letras e metáforas.

Nos diversos estilos musicais pode-se notar, canções que talvez não passem inicialmente uma mensagem ou um contexto relacionado à prática pedagógica, mas através de metáforas, muitas músicas, de hoje e do passado falam de representatividade das minorias, de lutas sociais e da afirmação de grupos que muitas vezes são postos de lado na montagem de currículos tradicionais.

Músicas como “Para não dizer que falei das flores”, de Geraldo Vandré, lançada em 1968, período de maior repressão da Ditadura Militar, o AI-5, traz em sua letra a síntese do pensamento de uma época, mesmo sendo uma canção de 50 anos atrás ela consegue representar ainda um pouco do panorama político atual, marcado pela falta de entendimento e intolerância diante da diversidade de opiniões que garantem o exercício pleno da democracia.

Além do contexto histórico abordado por  músicas do passado, as mais atuais também remetem à realidade das questões discutidas e polêmicas na atualidade, principalmente ao considerarmos letras de Rappers, como o Gabriel pensador e Iza, que falam de assuntos que estão em pauta no momento.  

 Essas músicas que trazem representatividade em suas letras, ajudam a falar de política, militância, desigualdade social e respeito, o que torna os jovens mais críticos em relação a sua opinião e ao que está acontecendo no mundo.