Publicado em 29/04/2020

 

O isolamento social devido à pandemia do novo coronavírus vem exigindo algumas adaptações às pessoas quanto a suas rotinas. A uns, mais, a outros, menos. Quem está em regime home office, por exemplo, enfrenta novas situações para organizar seu próprio tempo em casa, seja com as tarefas do lar, com os cuidados para com a família, seja com o cumprimento do trabalho. Este é o cenário de muitos profissionais da área da educação, por exemplo, como o do professor de Filosofia da Monteiro, Júlio Pagotto.

Júlio Pagotto, professor de Filosofia da Monteiro. Foto: Divulgação/Acervo pessoal

Rotina com a família

Pai do Pedro Pagotto, aluno do 9º ano da Monteiro, o professor conta que ele, o filho, sua esposa Lilian e sua filha Júlia estão tendo facilidade em conciliar as tarefas diárias no novo cotidiano: “Já tínhamos o hábito de compartilhar tudo em casa. Mudou para melhor. Passamos a ter mais tempo para estar juntos e para a ajuda mútua. A nossa família está bem adaptada para passar essa fase e com a esperança de que vamos sair dela como pessoas melhores, mais solidárias e mais cuidadosas umas com as outras”.

Trabalhando em home office – nova forma de ensinar

Diante da crise de saúde que o mundo vem enfrentando, a Monteiro passou a adotar aulas remotas para prosseguir com o ano letivo. Assim como os outros colaboradores da Monteiro, ao trabalhar remotamente, Júlio precisou fazer da casa seu local de trabalho, utilizando novas ferramentas e tecnologias com maior intimidade.

Empenhado, ele conta: “Toda mudança causa desconforto, em um primeiro momento. Confesso que essa mudança tem me exigido certo esforço. Passar a fazer, de maneira diferente, aquilo que dominamos, que estamos acostumados, gera insegurança. Também existem as dificuldades de se trabalhar em um ambiente que não foi planejado para esse fim. Além de se ter que adquirir equipamentos mais apropriados para isso. No entanto, as mudanças vêm se mostrando um grande desafio com muitas possibilidades. No geral, estou conseguindo desenvolver as atividades com uma boa desenvoltura, mantendo o compromisso com a formação dos/as estudantes, dentro dos limites que o uso exclusivo dos meios digitais nos impõe, de forma carinhosa e com a dedicação de sempre”.

O isolamento social impõe adaptações que precisam ser encaradas como características de um período transitório e temporário. E, como em qualquer situação da vida, existem os lados negativo e positivo. Assim, o filósofo demonstra sua perspectiva pessoal acerca das experiências na quarentena e deixa um convite à resiliência: “Estou encarando como uma oportunidade para aprender a utilizar ‘novas’ ferramentas digitais para a prática pedagógica, novas formas de comunicação e interação com os estudantes. Outro aspecto positivo é que essas ‘novas’ tecnologias poderão ser incorporadas às práticas que utilizamos na sala de aula física, de modo a favorecer o processo de ensino/aprendizagem dessa geração que está mais adaptada ao universo digital e usa, frequentemente, esse meio no seu cotidiano”, finaliza o professor Júlio.

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Talita Vieira.