Publicado em 19/11/2020
Em um momento mundialmente conturbado pela pandemia de COVID-19, o resgate e a preservação da saúde mental e emocional fazem-se urgentes, especialmente em crianças e adolescentes.
A reabertura das escolas possibilita uma melhora desse quadro, destacando ainda mais o papel da educação para a formação e vida dos seres humanos, além da manutenção da sociedade como um todo. Eduardo Costa Gomes, diretor da Escola Monteiro, explica que a relevância das aulas presenciais, neste momento, mostra-se de forma distinta para estudantes de diferentes idades. “Para o Fundamental I, por exemplo, o ambiente escolar é uma extensão da casa. Estes alunos sentem um enorme prazer na frequência presencial, pois, para eles, a socialização e o contato com crianças da mesma idade são imprescindíveis. Os pais e a família não suprem essa necessidade, nem mesmo os irmãos. Portanto, é necessário proporcionarmos o convívio, pois ele possui um grande potencial de aprendizado e desempenha um papel importante na promoção da saúde emocional para todos”.
O ensino presencial tem se mostrado benéfico para a vida dos estudantes, conforme observa Penha Tótola, diretora pedagógica: “Estou ouvindo de vários alunos que, mesmo com muitas restrições, retornar ao ambiente escolar está sendo bem melhor. Acredito que a volta às aulas presenciais tem impactado positivamente a vida dos alunos pela possibilidade de conversas ocorrerem pessoalmente, olho a olho, e, ainda, por preservar o vínculo com a Escola, tão importante para eles. Os alunos das séries iniciais, particularmente, possuem mais necessidade de interagir fora das telas. Para os adultos, a relevância do retorno ao presencial é visível, devido à manutenção de hábitos cotidianos e à reestruturação da rotina”.
Distinguindo-se da preocupação de muitos, a gerente administrativa da Monteiro, Karina Schmitt, afirma que já esperava a boa etiqueta dos estudantes em relação à higiene pessoal. “Os alunos estão respeitando todos os protocolos de segurança. Apesar das restrições, principalmente quanto ao contato físico, eles demonstram estar felizes e tranquilos”. Como mãe, Karina percebe a contribuição da volta às aulas presenciais para a saúde mental e emocional das crianças: “Tenho dois filhos no Fundamental I e ambos estavam ansiosos por voltar à Escola na modalidade presencial, mesmo sabendo que seria diferente daquilo que estavam acostumados. Sinto-os muito mais felizes, desejando estar na Escola, e isso é maravilhoso, traz esperança por tempos melhores”.
Acreditando no preparo da Monteiro para retornar ao ensino presencial, Maria Clara de Sousa Azevedo, aluna do 5º ano, regressou à Escola no dia 23 de outubro. A partir dessa data, ela observou as mudanças na estrutura e no funcionamento da Monteiro, destacando medidas de distanciamento, como o espaçamento entre as carteiras e orientações colocadas em alguns espaços. Para Maria Clara, o retorno tem sido muito importante: “Acho que ficar no ensino remoto é muito ruim porque só conseguimos ver as pessoas através de tela, e não estamos acostumados com isso. Víamos os amigos todos os dias, e, por tela, não dá para conversar direito. Então, eu me sinto muito, muito bem ao retornar à Escola”, enfatiza.
Segundo Eduardo, o retorno das aulas presenciais era previsível, já que, enquanto instituição, a escola se faz por meio de aulas presenciais. “Quando esse retorno fosse possível, evidentemente, teríamos de praticá-lo. Estamos ensaiando, aqui, uma situação nova, de presencial e remoto, de dias alternados e com restrições sanitárias. Mas, com a resolução das questões de saúde, nosso grande objetivo é que a Escola retorne integralmente ao presencial. Portanto, a forma de ensino proposta agora é o primeiro passo para a adaptação a um retorno presencial pleno”.
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Talita Vieira.