Exposição “Vozes que Ocupam Espaços: Cultura Indígena” no Hall das Artes da Escola Monteiro

Imagem: Divulgação

Caminhar por um espaço onde o brilho das estrelas se encontra com os traços delicados do grafismo indígena, onde cada detalhe revela histórias de um tempo em que a terra e o céu dialogavam em harmonia, pode parecer um convite à imaginação. Mas é exatamente essa a experiência que o Hall das Artes da Escola Monteiro proporciona com a exposição “Vozes que Ocupam Espaços”.

Nessa mostra, a cultura indígena ganha vida pelas mãos e olhares criativos de nossos/as estudantes. Inspirados/as por mitos, lendas e símbolos dos povos originários, eles/as transformaram conhecimento em arte, resgatando a sabedoria de quem primeiro habitou estas terras.

Entre as obras, as constelações Tupi-Guarani encontram as inscrições rupestres do Ingá, enquanto os discos Maluana dos Wayana e Aparai revelam profundas conexões entre o homem e o universo.

Organizada pela professora de Artes, Iclea Santos, a exposição é resultado de um trabalho interdisciplinar e sensível, que busca sensibilizar estudantes e visitantes para a riqueza e diversidade das culturas indígenas brasileiras.

Iclea Santos - Professora de Artes do Ensino Fundamental 2 na Escola monteiro

Um olhar sobre as culturas originárias

O projeto convida os/as estudantes a explorar a história, espiritualidade e sabedoria ancestral dos povos indígenas, destacando a riqueza de suas tradições, lendas e a conexão profunda com a natureza. A proposta também promove a reflexão sobre a preservação cultural e os desafios enfrentados para manter vivas suas identidades no mundo contemporâneo. A exposição valoriza a voz dos/as estudantes, apresentando produções artísticas que expressam as pesquisas realizadas ao longo do semestre.

O processo criativo

Segundo a professora Iclea, o desafio foi conduzir os/as jovens para além do imediatismo, estimulando a desaceleração e o olhar contemplativo. Ao explorar a mitologia indígena, eles/as foram levados a refletir sobre o respeito aos ancestrais e à natureza, e a transpor essas reflexões para as obras de arte expostas. “Lançamos sementes, sem expectativas imediatas. Sabemos que os aprendizados ficarão naquilo que marcou cada estudante neste momento de troca e construção coletiva”, destacou a professora.

Pedra do Ingá
Constelações Tupi-Guarani
Moias - Mistério da Ilha de Páscoa

Uma Exposição Cultural e Artística

A exposição apresenta trabalhos realizados pelos/as alunos/as a partir de conteúdos explorados em sala de aula, proporcionando uma experiência criativa e reflexiva. Cada série abordou temas específicos:

  • 6º ano: Constelações indígenas Tupi-Guarani, culturas Aparai e Wayana com a criação do Disco Maluana, e uma releitura dos Moais da Ilha de Páscoa.
  • 7º ano: A obra do artista e ativista Macuxi Jaider Esbell inspirou interpretações de Makunaímã, além de estudos sobre o Disco Maluana.
  • 8º ano: A Pedra do Ingá, com suas inscrições rupestres localizadas na Paraíba, foi o ponto de partida para reflexões sobre ancestralidade e a expressão artística dos povos originários.

Venha visitar!

A exposição estará aberta à comunidade escolar até o final do ano letivo. É uma oportunidade única para conhecer, aprender e se emocionar com a riqueza cultural dos povos indígenas e com o olhar sensível de nossos/as alunos/as.

Esperamos por você!