Hall das Artes: o mundo pelas cores de Helena

A exposição “Aquarela e Lápis de Cor sobre Papel” está disponível no Hall das Artes da Monteiro.

Apesar da pouca idade, Helena Freitas já carrega nas mãos a sensibilidade de quem enxerga o mundo em cores que poucos veem. 

Aos 12 anos, aluna do 7º ano da Escola Monteiro, ela transforma sentimentos, formas e traços em narrativas visuais que tocam quem cruza seu caminho. Suas pinturas, reunidas na exposição “Aquarela e Lápis de Cor Sobre Papel”, apresentada no Hall de Artes da Escola e também no Espaço Cultural Base27, revelam um olhar curioso, maduro e profundamente expressivo. 

Helena Vicente Freitas, aluna do Ensino Fundamnetal 2 na Monteiro

A mostra destacou sua sensibilidade estética e domínio técnico, reafirmando a importância de espaços que valorizam a produção artística estudantil. Para Helena, a arte não é apenas uma linguagem: é a maneira que encontrou de existir e de se fazer ouvir. Através das tintas e pincéis, o silêncio de seu quarto se transforma em ateliê. Ali, ideias nascem de pesquisas online ou simplesmente brotam do seu imaginário fértil. “Gosto de pegar quadros renomados e modificar do meu jeito”, conta. É nesse processo de apropriação e reinvenção que a artista constrói sua identidade.

O processo criativo

Para Helena, criar já é tão natural quanto respirar. A arte é refúgio, calmaria e liberdade. “Desenho quando sinto vontade. Não preciso de um ritual específico. Gosto de aprimorar os quadros com o tempo e testar novas técnicas”, explica.

Suas obras transitam entre o real e o imaginário, mesclando referências clássicas e experimentações pessoais, resultado de um olhar livre que não se prende a moldes.

O sentimento por trás da arte

Para Helena, desenhar e pintar não é passatempo. É abrigo. É voz. “Sinto conforto e calma, como algo que me tira o estresse e me acolhe. É algo que pretendo levar comigo para sempre”, revela. Entre suas criações favoritas está “O Olho que Floresce”, quadro que exigiu esforço e dedicação, justamente por isso, um dos que mais a enchem de orgulho.

E, se engana quem acredita que só de aplausos vive a artista! Helena deseja inspirar. “Espero que as pessoas sintam algo ao ver minhas pinturas. Que elas despertem vontade de criar, de fazer qualquer coisa que as mova.”

O futuro e os sonhos

Ela aprendeu cedo a sonhar alto, quer seguir na carreira artística, espalhar suas obras pelo mundo e tocar corações com sua sensibilidade. Seus referenciais vão de Da Vinci a Van Gogh, passando por artistas contemporâneos que expandem seu repertório. “Quero explorar novos estilos, materiais, culturas e histórias. Quero descobrir o mundo pela arte.”

Olhar que inspira

O talento de Helena lembra que não existe idade certa para começar, apenas coragem de se expressar. No hall da Monteiro e além dos muros da escola, suas pinturas falam por ela com delicadeza, força e sentimento. Porque, para Helena, criar também é transformar o mundo. E, ao fazer isso, ensina que criar é, sobretudo, uma maneira de estar vivo no mundo.