O ano de 2020 trouxe desafios inimagináveis para a sociedade nos mais diversos setores, incluindo a educação. Ao ser surpreendida pela pandemia do coronavírus, a Escola Monteiro se mobilizou para tomar decisões com rapidez, zelando pela segurança de alunos, professores e funcionários; e para enfrentar o novo cenário, a partir do diálogo, da parceria e da inovação. 

 

Diretor da Monteiro, Eduardo Costa Gomes ressalta que, ao se “reinventar”, a escola, desde o primeiro momento, teve em mente a importância de manter, na distância física, os laços afetivos e humanizados que são a essência do processo de ensino-aprendizagem há mais de 50 anos. Tudo sem perder de vista a qualidade na transmissão do conteúdo e no cumprimento das propostas curriculares. 

 

Para pais e alunos, o esforço surtiu efeito. “A Monteiro soube, da noite para o dia, transformar a forma de ensinar, adaptando-se à nova e imprevista realidade sem causar danos e estresse para nossas crianças. O esforço dos professores e dos demais membros da equipe é notório”, considera Fabricia Gonçalves, mãe de Gabriela e Giovana, alunas do 8ª e 6º anos. 

 

A diretora pedagógica da escola, Penha Tótola, afirma que o momento não foi e não tem sido fácil para nenhum dos agentes do processo educacional, mas considera que alguns valores construídos ao longo dos anos e presentes no dia a dia da Monteiro foram fundamentais para gerar confiança e participação. 

 

“Somos de fato uma ‘comunidade escolar’ com objetivos comuns, relacionados ao aprendizado e ao bem-estar. Além disso, as tecnologias e a cultura maker, por exemplo, fazem parte da nossa realidade presencial, bem como a valorização de atributos como criatividade, protagonismo e autonomia, o que pesou a nosso favor, mesmo diante de inúmeros desafios”, diz. 

Dispensers de álcool 70% estão disponíveis em vários espaços da Monteiro. Foto: Talita Vieira/Divulgação

A abertura ao diálogo desde sempre é outro ponto tido como crucial. “Mesmo de portas fechadas no sentido literal, a escola permaneceu aberta e presente na vida das famílias. Fóruns como Conselho de Pais e as assembleias quinzenais com alunos foram mantidos no formato virtual. Fizemos reuniões de pais por turma, nos colocando disponíveis para atendimentos individualizados, além de utilizar recursos como o canal de comunicação da escola via app, que permite o atendimento por área, com agilidade”, ressalta.  

 

Biossegurança, acolhimento e avaliação do aprendizado no retorno 

O novo modelo adotado pela Escola Monteiro a partir da autorização para retomada das aulas presenciais está sendo desenvolvido e aplicado a partir de um planejamento amplo, multidisciplinar e criterioso. Com a consultoria de especialistas na área de Infectologia e Biossegurança, a instituição definiu um protocolo de regras e condutas, além de seguir todas as orientações dos órgãos competentes. 

 

“Temos um compromisso com a segurança e com a saúde da comunidade escolar e estamos adotando todas as medidas necessárias para preservá-las, prezando pelo diálogo e pela parceria, mas também agindo com rigor para o cumprimento das normas”, afirma o diretor da Escola Monteiro, Eduardo Costa Gomes. 

 

Mudanças físicas e estruturais foram realizadas, como marcação de lugares, instalação de dispensers com álcool gel na entrada e no interior da escola, pias em áreas do pátio, distanciamento entre cadeiras.  

 

Giovana Gonçalves durante aula online com a professora Elizete. Foto: Divulgação/Acervo pessoal

O retorno está sendo feito de forma gradativa, com “escalas” e horários diferenciados entre as turmas, focados incialmente em garantir o acolhimento dos alunos, permitindo aos pais a possibilidade de seguir até o final do ano no modelo remoto, que continuará a ser utilizado. 

 

“A primeira fase é de acolhimento, com estratégias de escuta de todos os alunos em dinâmicas de grupos e individuais, a fim de compartilhar experiências e desenvolver o respeito e a empatia, tanto para os que iniciarem a frequência presencial quanto para os que permanecerem no modelo remoto. Estamos trabalhando também o protocolo de biossegurança que exige conscientização e novos hábitos”, explica Eduardo. 

 

Na segunda fase, o objetivo é o diagnóstico pedagógico, com avaliação do processo de aprendizagem, resgatando as competências e habilidades do que já foi estudado, buscando consolidar o que foi aprendido e resgatando o que pode não ter sido alcançado. 

 

A terceira fase será o pleno funcionamento do projeto da escola com aulas presenciais e remotas e momentos de integração entre os dois grupos. “A dinâmica varia de acordo com o segmento, mas o mais importante para nós é conduzir o retorno com foco na formação humanizada e no respeito aos diferentes posicionamentos das famílias, oferecendo qualidade de ensino e acolhimento para todos”, reforça. 

 

Henrique Dadalto Targa na produção de um castelo durante as aulas remotas. Foto: Divulgação/Acervo pessoal

Humanização e adaptação 

Seguindo a linha humanizada, a Escola Monteiro soube, da noite para o dia, transformar a forma de ensinar, adaptando-se à nova e imprevista realidade sem causar danos e estresse para as nossas crianças. O esforço dos professores e dos demais membros da equipe, nesse processo, é notório”. 

Fabrícia Gonçalves, mãe das alunas Gabriela e Giovana 

 

Competências e habilidades 

“O período de quarentena enfatizou a valiosa parceria entre família e escola. Quando dificuldades em lidar com a tecnologia apareceram, a Monteiro foi parceira, nos orientando, tranquilizando e se fazendo presente. Ao mesmo tempo, diante do momento de dor, imprevisto e incertezas, percebemos ainda mais nitidamente a importância de um modelo de ensino voltado para o desenvolvimento de competências e habilidades, que é o que Monteiro oferece”. 

Evelyze Louzada, mãe da aluna Flora 

 

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