Divulgação Monteiro

Desenvolver habilidades socioemocionais e interpessoais é fundamental não apenas para o sucesso pessoal, mas também para alcançar bons resultados profissionais. Estamos vivendo em uma época em que essas competências desempenham um papel cada vez mais crucial no mundo real. É por isso que as escolas modernas estão direcionando seus esforços para o desenvolvimento das chamadas “soft skills”, proporcionando aos alunos a oportunidade de aprimorar suas capacidades emocionais e sociais.

É relevante ressaltar que tanto as ‘soft skills’ quanto as ‘hard skills’ desempenham um papel complementar e fundamental no cenário profissional e pessoal. Ambos os conceitos se referem às competências e aptidões de um indivíduo, e a compreensão e desenvolvimento de ambas são cruciais para avaliar a competência dos candidatos no mercado de trabalho. A palavra ‘skills’, originada do inglês e traduzida como ‘habilidades’, é imperativo compreender que ambas possuem valor intrínseco, mesmo que não possam ser traduzidas literalmente sem perder seu significado.”

Imagem – Freepik

O que são Hard skills x soft skills

Embora possa parecer complexa à primeira vista, a diferença entre esses dois conceitos é, na realidade, bastante simples. As “hard skills” têm sido historicamente a principal base de avaliação de um profissional. Essas habilidades profissionais têm uma natureza que permite medição e quantificação. É fácil identificá-las, seja por meio da apresentação de um diploma ou demonstrando proficiência em uma língua estrangeira.

Em essência, as “hard skills” são competências e habilidades que podem ser aprendidas e compartilhadas de forma relativamente direta, muitas vezes por meio de cursos, treinamentos e workshops. Em contraste, as “soft skills” não podem ser facilmente quantificadas ou reconhecidas dessa maneira. Isso se deve ao fato de que essas habilidades estão relacionadas ao comportamento social e têm um vínculo direto com a capacidade mental de um indivíduo para lidar positivamente com fatores emocionais.

Devido à sua natureza subjetiva, as “soft skills” são complexas e desafiadoras de compreender completamente, uma vez que vão além das técnicas necessárias para obter um título ou certificado. Elas envolvem aspectos mais profundos das interações humanas e do entendimento das emoções, tornando-as um componente valioso e essencial em diversos contextos, desde o local de trabalho até as relações pessoais.

Flávia Vincente – Instrutora do projeto In Self

Na Escola Monteiro, os alunos do 9º ano participam do Projeto In Self, liderado por Flávia Vicente, treinadora comportamental credenciada pelo ICI, Elaine Avelar Malagoli, especialista em Programação Neurolinguística, e Rose Morelato. Esta iniciativa, inspirada pelo Relatório do Futuro do Trabalho do Fórum Econômico Mundial, promove o desenvolvimento das habilidades socioemocionais dos alunos, que por meio de oficinas práticas exploram suas identidades, reconhecem suas competências e limitações.

O Projeto In Self valoriza o papel dos educadores como facilitadores desse processo, preparando os alunos para escolherem com confiança qualquer caminho que desejem no futuro, com base em uma formação sólida que abrange tanto habilidades técnicas quanto emocionais.

A Escola Monteiro está empenhada em oferecer uma educação completa que não apenas prepara os alunos para o sucesso acadêmico, mas também os equipa para uma vida plena e gratificante. Como destaca Flávia Vicente, líder do projeto: “Se conseguirmos estimular e desenvolver essas habilidades durante a jornada escolar, estaremos fornecendo as bases para que os alunos façam escolhas informadas e bem-sucedidas em suas futuras graduações e carreiras.”

Élio Serrano – Coordenador do 9° ano e Ensino Médio

Élio Serrano, coordenador do 9º ano e Ensino Médio da Monteiro, enfatiza a importância da integração entre as atividades acadêmicas, cognitivas e emocionais, indo além dos aspectos tradicionalmente enfatizados no final do ensino básico. Ele destaca que o verdadeiro desafio está em promover o desenvolvimento simultâneo dessas duas esferas, buscando uma aprendizagem integrada que não se restrinja apenas ao aprimoramento das competências acadêmicas, mas também ao cultivo das habilidades interpessoais e socioemocionais.

Para abordar essa questão, a escola implementou uma série de medidas, incluindo a introdução de oficinas, a disciplina de projeto de vida e o programa de desenvolvimento de competências socioemocionais, conhecido como Projeto In Self. Esses momentos na escola oferecem a todos os estudantes a oportunidade de vivenciar e aprimorar suas habilidades socioemocionais por meio da experiência direta. O Projeto In Self, desempenha um papel fundamental ao permitir que os alunos se conheçam melhor e cresçam nessa dimensão crucial de suas vidas.

Clara (aluna do 9° ano) e Ana Paula Alcantra (mãe)

Através de oficinas práticas, as turmas são estimuladas a participar ativamente do processo de aprendizado, com o objetivo principal de permitir que os estudantes explorem suas próprias identidades. Esse enfoque os capacita a desenvolver uma empatia mais profunda e compreensiva, ao mesmo tempo em que cultivam habilidades de tolerância.

Clara Alcântara, uma aluna do 9º ano envolvida no projeto, compartilha suas impressões sobre essa experiência: “Esta iniciativa é fascinante, pois nos proporciona a oportunidade de autoconhecimento, identificando nossas forças e fraquezas. Esse processo não apenas nos ajuda a planejar o futuro com mais clareza, mas também traz benefícios imediatos”, destaca. “Começamos a nos relacionar melhor com os outros e a praticar a tolerância, reconhecendo que cada indivíduo é único e especial”, conclui.

A mãe de Clara, Ana Paula Alcântara, descreve o progresso do projeto em promover o contato dos alunos com aspectos socioemocionais como notável, já que estimula a autopercepção e a compreensão do outro no caminho do autoconhecimento: “Quando Clara chegou em casa falando sobre a iniciativa, ela queria aplicar testes de personalidade em mim, no pai e na avó para avaliar nossos perfis. Fiquei muito contente em ver o interesse dela por esse tema, e nossa conversa proporcionou trocas valiosas”, relata.

Flávia Vicente enfatiza a integração das habilidades técnicas e emocionais ao longo da jornada educacional dos estudantes, visando prepará-los para escolher diversos caminhos no futuro, não se restringindo a uma única profissão.

Com uma perspectiva voltada para o futuro, ela ressalta que o mercado de trabalho exige não apenas habilidades técnicas, mas também socioemocionais, destacando a importância de iniciar esse projeto desde a fase escolar.

O projeto aplicado na Escola Monteiro reconhece o papel fundamental dos educadores, que passam por oficinas para adquirir ferramentas e competências essenciais, capacitando-os a apoiar eficazmente os alunos, independentemente de suas diferenças.

Flávia Vincente

Élio também destaca a falta de ênfase na formação inicial dos educadores em relação às habilidades socioemocionais dos alunos e como a escola está comprometida em preencher essa lacuna por meio de um processo de aprendizado e humanização que reconhece a interconexão entre o desenvolvimento acadêmico e emocional dos alunos.

Na Escola Monteiro, o projeto In Self desempenha uma abordagem pioneira reconhecendo a importância tanto das aptidões acadêmicas quanto das socioemocionais para preparar os estudantes para um futuro diversificado e desafiador. Ao valorizar o papel dos educadores e preencher lacunas na formação, a Monteiro se compromete a fornecer uma educação completa que capacita os alunos não apenas para o sucesso acadêmico, mas também para uma vida plena e gratificante, onde cada um deles possa escolher o caminho que desejar com confiança e autenticidade.

Texto por Deivid de Paula