telas

As preocupações com o tempo de tela são cada vez mais comuns quando o assunto é desenvolvimento infantil. Afinal, celulares, computadores e redes sociais são dispositivos usados para o trabalho, estudo e entretenimento para todas as idades. Às vezes, pais e mães se sentem perdidos em conseguir delimitar um tempo adequado para si mesmos, então, quem dirá para seus filhos.

Drª Graça Von Krueger

Drª Graça Von Krueger

Em um bate-papo com a psicopedagoga, Drª Graça Von Krueger, sobre o uso saudável de telas, ela observa que, no mundo pós-pandêmico, temos a sensação de viver em um universo paralelo entre o mundo real e virtual. Assim, equilibrar esses mundos é um desafio constante, assim como  a forma de abordar esse tema com os nossos filhos.

A psicopedagoga salienta que o desgaste provocado pelo conflito familiar sobre o tempo de tela pode ser mais prejudicial à saúde mental das crianças do que o tempo de tela. A doutora reforça a necessidade de trabalhar essas discussões com afeto, compreensão e empatia.

Para auxiliar as famílias a melhorarem o diálogo com seus filhos sobre esse assunto, seguem abaixo quatro dicas.

1 – Mostre interesse no que ele/a está fazendo online.

Se seu/sua filho/a estiver relutante em falar sobre o que está fazendo online, tente acompanhar em uma das plataformas populares, como Tik Tok, Youtube, Instagram e entre outros. Entender o comportamento das crianças e adolescentes nas redes sociais é o primeiro passo para orientá-los em direção a uma experiência mais saudável durante o uso das telas.

Perguntas interessantes para se fazer:

  •  Qual é o seu aplicativo ou jogo favorito?
  •  Você pode me mostrar como funciona?
  •  O que você mais gosta nisso? Por quê?
  •  Quais são as suas contas e pessoas favoritas nas redes sociais?

2 – Ajude-os a reconhecer os próprios hábitos de tempo de tela.

Às vezes, os hábitos que as crianças têm com seus dispositivos não são os melhores para a saúde delas, o mesmo vale para os adultos. O tempo de tela pode interferir no sono, relacionamento e aprendizado. Converse com os seus filhos sobre como eles podem usar os dispositivos da melhor forma, com equilíbrio e conciliação para as outras partes da vida.

Compartilhe os seus hábitos como exemplo para iniciar a conversa.

Perguntas interessantes:

  • Quais são os hábitos de nossa família com os dispositivos eletrônicos, como telefones ou TV? Compartilhe alguns exemplos, como verificar o celular ao acordar ou jogar videogame antes de dormir.
  • Algum desses hábitos atrapalha nossas práticas de dormir, passar o tempo com amigos e familiares ou sair de casa? Há algum hábito que devemos tentar mudar? Você consegue pensar em algum momento específico em que poderíamos fazer pausas nesses usos?

3 – Converse sobre saúde emocional.

Crianças e adolescentes precisam de ajuda para perceber como as atividades online interferem no dia a dia e na vida pessoal. Muitos jovens recorrem às mídias sociais e aos recursos online, buscando apoio à saúde mental e conexão com os amigos. No entanto, as mídias sociais também podem provocar efeitos negativos em alguns, por exemplo:  baixa autoestima, insatisfação pessoal, depressão ou hiperatividade e, inclusive, a falta de afeto e carência que, muitas vezes, os adolescentes tentam preencher com os famosos likes.

Perguntas interessantes:

  • Como você se sente quando está no Instagram (ou outro aplicativo)?
  • Você já se sentiu desconfortável, preocupado/a, triste ou ansioso/a? Se sim, o que faz você se sentir assim?
  • Já sentiu que passou muito tempo online? Se sim, quando? Se não, por quê?
  • Já se sentiu pressionado/a por estar online? Se sim, quando você se sente pressionado/a? Por quê? Se não, por que não?

4 – Converse sobre o que fazer quando tiver sentimentos negativos.

Crianças e jovens podem se retrair ao se sentirem desconfortáveis, preocupados, tristes ou ansiosos, assim tentar abordar o porquê desse comportamento usando diferentes estratégias é essencial.

E lembre-os sempre de que eles podem vir até você (ou buscar outro adulto de confiança), se precisarem de ajuda.

Perguntas interessantes:

  • Você já estabeleceu limites de tempo para si mesmo quando está online? Se sim, como foi? Se não, você quer tentar? Posso ajudar.
  • Existem maneiras de se conectar aos seus amigos pessoalmente com mais frequência para aliviar a pressão de estar online o tempo todo?
  • Você sabe como bloquear alguém em seus aplicativos favoritos? Se não, podemos olhar juntos e descobrir como?

Manter um diálogo aberto com o seu/sua filho/a é essencial a um relacionamento familiar saudável e harmônico. Essas conversas podem acontecer em momentos simples, como, por exemplo, no caminho para casa depois da escola. Não há uma “receita de bolo” pronta para estimular o diálogo, contudo é fundamental compreender que atenção e empatia são protagonistas no processo de interação entre as pessoas.

Texto: Marcela Gasparini Rebello
Fonte Site: Comon Sense Media e Drª Graça Von Krueger

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As preocupações com o tempo de tela são cada vez mais comuns quando o assunto é desenvolvimento infantil. Afinal, celulares, computadores e redes sociais são dispositivos usados para o trabalho, estudo e entretenimento para todas as idades. Às vezes, pais e mães se sentem perdidos em conseguir delimitar um tempo adequado para si mesmos, então, quem dirá para seus filhos.

Drª Graça Von Krueger

Drª Graça Von Krueger

Em um bate-papo com a psicopedagoga, Drª Graça Von Krueger, sobre o uso saudável de telas, ela observa que, no mundo pós-pandêmico, temos a sensação de viver em um universo paralelo entre o mundo real e virtual. Assim, equilibrar esses mundos é um desafio constante, assim como  a forma de abordar esse tema com os nossos filhos.

A psicopedagoga salienta que o desgaste provocado pelo conflito familiar sobre o tempo de tela pode ser mais prejudicial à saúde mental das crianças do que o tempo de tela. A doutora reforça a necessidade de trabalhar essas discussões com afeto, compreensão e empatia.

Para auxiliar as famílias a melhorarem o diálogo com seus filhos sobre esse assunto, seguem abaixo quatro dicas.

1 – Mostre interesse no que ele/a está fazendo online.

Se seu/sua filho/a estiver relutante em falar sobre o que está fazendo online, tente acompanhar em uma das plataformas populares, como Tik Tok, Youtube, Instagram e entre outros. Entender o comportamento das crianças e adolescentes nas redes sociais é o primeiro passo para orientá-los em direção a uma experiência mais saudável durante o uso das telas.

Perguntas interessantes para se fazer:

  •  Qual é o seu aplicativo ou jogo favorito?
  •  Você pode me mostrar como funciona?
  •  O que você mais gosta nisso? Por quê?
  •  Quais são as suas contas e pessoas favoritas nas redes sociais?

2 – Ajude-os a reconhecer os próprios hábitos de tempo de tela.

Às vezes, os hábitos que as crianças têm com seus dispositivos não são os melhores para a saúde delas, o mesmo vale para os adultos. O tempo de tela pode interferir no sono, relacionamento e aprendizado. Converse com os seus filhos sobre como eles podem usar os dispositivos da melhor forma, com equilíbrio e conciliação para as outras partes da vida.

Compartilhe os seus hábitos como exemplo para iniciar a conversa.

Perguntas interessantes:

  • Quais são os hábitos de nossa família com os dispositivos eletrônicos, como telefones ou TV? Compartilhe alguns exemplos, como verificar o celular ao acordar ou jogar videogame antes de dormir.
  • Algum desses hábitos atrapalha nossas práticas de dormir, passar o tempo com amigos e familiares ou sair de casa? Há algum hábito que devemos tentar mudar? Você consegue pensar em algum momento específico em que poderíamos fazer pausas nesses usos?

3 – Converse sobre saúde emocional.

Crianças e adolescentes precisam de ajuda para perceber como as atividades online interferem no dia a dia e na vida pessoal. Muitos jovens recorrem às mídias sociais e aos recursos online, buscando apoio à saúde mental e conexão com os amigos. No entanto, as mídias sociais também podem provocar efeitos negativos em alguns, por exemplo:  baixa autoestima, insatisfação pessoal, depressão ou hiperatividade e, inclusive, a falta de afeto e carência que, muitas vezes, os adolescentes tentam preencher com os famosos likes.

Perguntas interessantes:

  • Como você se sente quando está no Instagram (ou outro aplicativo)?
  • Você já se sentiu desconfortável, preocupado/a, triste ou ansioso/a? Se sim, o que faz você se sentir assim?
  • Já sentiu que passou muito tempo online? Se sim, quando? Se não, por quê?
  • Já se sentiu pressionado/a por estar online? Se sim, quando você se sente pressionado/a? Por quê? Se não, por que não?

4 – Converse sobre o que fazer quando tiver sentimentos negativos.

Crianças e jovens podem se retrair ao se sentirem desconfortáveis, preocupados, tristes ou ansiosos, assim tentar abordar o porquê desse comportamento usando diferentes estratégias é essencial.

E lembre-os sempre de que eles podem vir até você (ou buscar outro adulto de confiança), se precisarem de ajuda.

Perguntas interessantes:

  • Você já estabeleceu limites de tempo para si mesmo quando está online? Se sim, como foi? Se não, você quer tentar? Posso ajudar.
  • Existem maneiras de se conectar aos seus amigos pessoalmente com mais frequência para aliviar a pressão de estar online o tempo todo?
  • Você sabe como bloquear alguém em seus aplicativos favoritos? Se não, podemos olhar juntos e descobrir como?

Manter um diálogo aberto com o seu/sua filho/a é essencial a um relacionamento familiar saudável e harmônico. Essas conversas podem acontecer em momentos simples, como, por exemplo, no caminho para casa depois da escola. Não há uma “receita de bolo” pronta para estimular o diálogo, contudo é fundamental compreender que atenção e empatia são protagonistas no processo de interação entre as pessoas.

Texto: Marcela Gasparini Rebello
Fonte Site: Comon Sense Media e Drª Graça Von Krueger